Tragédia aérea em Gramado completa um mês: sobreviventes seguem hospitalizados enquanto investigação continua

Tragédia aérea em Gramado completa um mês: sobreviventes seguem hospitalizados enquanto investigação continua
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- Créditos: Halder Ramos

Um mês após o trágico acidente aéreo ocorrido em Gramado, na Serra Gaúcha, duas pessoas ainda estão internadas em hospitais de Porto Alegre. A tragédia, que abalou a comunidade local, resultou na morte de 10 integrantes de uma mesma família e deixou outros 17 feridos. As autoridades seguem investigando as causas do acidente.

As duas vítimas hospitalizadas são funcionárias da pousada atingida pela aeronave modelo Piper Cheyenne, prefixo PR-NDN. A aeronave havia partido do Aeroporto de Canela, com destino a Jundiaí (SP), no domingo, 22 de dezembro.

Entre as feridas está Valdete Maristela Santos da Silva, de 51 anos, que permanece internada na UTI do Hospital Cristo Redentor. Embora tenha sofrido queimaduras em 30% do corpo, Valdete conseguiu progressos importantes e já respira sem auxílio de aparelhos, mas ainda não há previsão de alta médica.

Outra mulher, de 56 anos, também funcionária da pousada, segue em estado grave na UTI de queimados do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre. Com 43% do corpo queimado, incluindo lesões nas pernas, braços e costas, a paciente também não tem previsão de alta.

No início deste mês, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) concluiu o processo de identificação das 10 vítimas fatais do acidente. A identificação envolveu métodos como papiloscopia, análise de DNA e odontologia legal, dependendo das condições dos corpos encontrados.

A bordo do avião estavam 10 membros da família Galeazzi, incluindo o empresário Luiz Cláudio Galeazzi, proprietário e piloto da aeronave. Todos os ocupantes perderam a vida no impacto.

As investigações do acidente estão sendo conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Em nota, o órgão informou que os trabalhos continuam e que a conclusão dependerá da complexidade do caso e da análise dos fatores contribuintes.

No local do acidente, a área permanece interditada, com acesso restrito a proprietários e profissionais autorizados. A pousada atingida está em processo de reforma após a retirada dos entulhos. Segundo o Corpo de Bombeiros de Gramado, o prédio não sofreu danos estruturais significativos. No entanto, a liberação para uso só ocorrerá após a apresentação de laudos técnicos, incluindo avaliações estruturais, elétricas e um novo Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI).

Enquanto isso, a comunidade local segue em luto e na expectativa de esclarecimentos sobre os motivos que levaram à tragédia.