Geral
27/03/2024 08:58

Aconteceu recentemente na Câmara de Vereadores de Gramado uma reunião que tratou do Projeto de Lei Ordinária 100/2023, que trata da criação de Sociedade de Economia Mista da Empresa Cine Embaixador. A proposição tramita no Legislativo gramadense e está atualmente na Comissão de Infraestrutura, Turismo, Desenvolvimento e Bem-Estar Social, também conhecida como Mérito.

Além dos vereadores que integram a Comissão, o presidente Rodrigo Paim (MDB) e o vice-presidente Professor Daniel (PT), participaram também os vereadores Neri da Farmácia (Progressistas) e Cícero Altreiter (MDB). Estiveram no encontro o secretário da Cultura, Ricardo Reginato, e três conselheiros do cinema: Leandro Cardoso, Alexandre Bezzi e Juarez Bordin.

O intuito da reunião foi os parlamentares entenderem melhor a proposta de gestão compartilhada entre poder público e iniciativa privada por meio da consolidação de uma empresa de economia mista para o cinema da cidade. Segundo o Executivo Municipal, proponente da matéria, a empresa Cine Embaixador é proprietária do imóvel conhecido como “Palácio dos Festivais”, o qual é um importante bem cultural e histórico municipal.

“Como é de conhecimento público, o Palácio dos Festivais necessita de reformas estruturais,
bem como de novos equipamentos, a fim de permitir que seja dada a correta destinação
cultural que rege o objeto societário da empresa – o que não vem ocorrendo”, explica a Prefeitura no PLO. Assim, busca-se devolver o imóvel ao cenário das atividades culturais no Município, além de preservá-lo. O objetivo é transformar o Cine Embaixador em um palco multiuso para receber peças de teatro, apresentações musicais, exibições de cinema e eventos. 
Contudo, a diretoria do Conselho que afirma ter mais de R$ 800 mil em caixa, não é favorável à proposta, pois entende que o local precisa de melhorias, mas o projeto precisa ser melhor debatido.

“O que a gente defende é que a decisão do que fazer com o local não fique na mão de uma pessoa, não pode cair nem na mão do privado, nem do público. Transformar uma S/A que está dando lucro em uma economia mista é contra qualquer conceito de empreendedorismo, não conheço nada parecido no Brasil”, declarou Bezzi.
Se aprovado o PLO e os conselheiros optarem pela venda das ações, a Prefeitura adquire 50% das ações +1 para tornar-se majoritária e a empresa passa a ser de economia mista automaticamente.