Infraero notifica Aeroclube de Canela para desocupação do aeroporto, e diretoria reage com mobilização e ações judiciais

Um impasse entre a Infraero e o Aeroclube de Canela movimenta o cenário da aviação regional. A diretoria do aeroclube divulgou uma nota oficial afirmando que está sendo forçada a deixar o espaço que ocupa há mais de 30 anos no Aeroporto de Canela. A instituição, que também funciona como escola de aviação civil, afirma que está sendo retirada “ força” pela Infraero, e que já iniciou uma mobilização pública, além de tomar medidas judiciais para garantir a permanência no local.
“Fomos nós que mantivemos o aeroporto vivo. Fomos nós que formamos gerações de pilotos. Fomos nós que levamos ajuda aérea durante a enchente de 2024”, destacou a nota assinada pela diretoria. O aeroclube afirma ainda que não aceitará “ser apagado” e que representa a comunidade, a aviação e a história de Canela. A campanha #FicaAeroclube também foi lançada nas redes sociais como parte da mobilização.
Em resposta, a Infraero argumenta que, desde que assumiu oficialmente a gestão do aeroporto em 4 de setembro de 2024, vem realizando investimentos e adequações regulatórias exigidas pelos órgãos competentes para homologação das operações. A estatal afirma que operadores como Helisul, Revoar e Tri já regularizaram sua situação, enquanto o aeroclube permanece irregular.
A Infraero ainda ressalta que investiu R$ 8 milhões no aeroporto em 2014 e prevê um novo ciclo de aportes entre 2025 e 2027, no valor de R$ 14 milhões, como parte do processo de modernização da estrutura aeroportuária.
Com versões opostas sobre a situação, o caso agora avança para o campo judicial. Enquanto isso, o futuro do Aeroclube de Canela segue indefinido.